recordando a MPB

História da MPB com biografias, cronologia dos sucessos e músicas cifradas.

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Archive for the ‘catulo da p cearense’ Category

>Meu ideal

Posted by everbc em 24/03/2006

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Mário Pinheiro

Meu Ideal (música de Irineu de Almeida e versos de Catulo da Paixão Cearense)

Título da música: O meu ideal / Gênero: Seresta / Intérprete: Mário Pinheiro / Compositores: Catulo da Paixão Cearense e Irineu de lmeida / Gravadora Odeon / Álbum 40533 / Gravação 1904-1907 / Lançamento 1904-1907 / Lado A / Disco 78 rpm:

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Pudesse esta paixão na dor cristalizar / E os ais do coração em pérolas congelar / De tudo o que sofreu na tela deste amor / Faria ao nome teu divino resplendor / Pudesse est’alma assim com a tua entrelaçar / E aos pés de Deus num surto ao fim voar / E as nossas almas transmutar / Numa só alma de um insonte querubim

Lá, lá nos céus então / Contigo ali / Do amor na pura e etérea floração / Lá, junto a Deus então / Cantar uma canção / De adoração a ti / Lá eu diria aos pés do Redentor / Perante os imortais: / Senhor, eu venero muito a ti / Mas confessor sem temor/ Que a ela eu amo mais

Minh’alma ascende além, que Deus já te esqueceu / E a terra não contém afeto igual ao teu / Procuras, mas em vão, na térrea solidão / Ouvir a pulsação do coração do amor / Num raio inspirador, no plaustro do luar / Percorre o céu, o inferno, a terra e o mar / Não acharás, não acharás amor igual / Que o teu amor é imortal

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>Ontem ao luar (Choro e poesia)

Posted by everbc em 24/03/2006

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Ontem ao luar Por sua semelhança com a canção “Love Story”, do filme homônimo, a polca “Choro e Poesia” voltou a ser sucesso na década de 1970. Esse retorno rendeu-lhe mais de dez gravações, só que com um detalhe: todas traziam apenas o título “Ontem ao Luar”, que recebeu de Catulo da Paixão Cearense quando, em 1913, o poeta lhe pôs uma letra, à revelia do autor. E o que é pior, várias dessas gravações tal como edições da partitura, somente registravam o nome de Catulo, omitindo o de Pedro de Alcântara.

Em 1976, graças aos esforços de uma neta de Alcântara, sua autoria foi restabelecida através de uma decisão judicial. “Choro e Poesia” tem duas partes, ambas construídas com variações de um mesmo motivo, usado com muita engenhosidade especialmente na segunda parte, em tom maior.

Ontem ao Luar (Choro e Poesia) (polca, 1907) – Pedro de Alcântara e Catulo da Paixão Cearense

http://res0.esnips.com/escentral/images/widgets/flash/guitar_test.swf
Vicente Celestino

—-Am————————– B7
Ontem ao luar / Nós dois em plena solidão
E7
Tu me perguntaste
—————–Am
O que era a dor de uma paixão
A7 ——————-Dm
Nada respondi, calmo assim fiquei
B7 ———————————–(E7)
Mas fitando o azul / Do azul do céu a lua azul
————-Am—————————- B7
Eu te mostrei, mostrando a ti os olhos meus
————————E7————— Am
Correr sem ti uma nívea lágrima e assim te respondi
A7—————– Dm——————– Am
Fiquei a sorrir por ter o prazer de ver a lágrima
(B7) (E7) Am E7
Dos olhos a sofrer

A——————— B7
A dor da paixão, não tem explicação
E7—————— A
Como definir o que só sei sentir
Dm ————A ————Gbm
É mister sofrer, para se saber
—————Bm—— E7 ——A —–E7
O que no peito o coração não quer dizer
A———————- B7
Pergunta ao luar, travesso e tão taful
E7 ———————–A
De noite a chorar na onda toda azul
——-Dm————– A——– Gbm
Pergunta ao luar, do mar a canção
————–B7——- E7———- (A) (E7) (A) (E7)
Qual o mistério que há na dor de uma paixão
—–A———– Gb7———— Bm
Se tu desejas saber o que é o amor e sentir
———-E7—————— A———— Dbm7
O seu calor o amaríssimo travor do seu dulçor
—————— E7
Sobe o monte a beira mar ao luar
————E7——– A
Ouve a onda sobre a areia lacrimar
————–A——Gb7—— Bm—————— E7
Ouve o silêncio a falar na solidão do calado coração
—————-A ———–A7
A pena a derramar os prantos seus
D ———-Dm —–A ———–Gb7——- Bm
Ouve o choro perenal / A dor silente universal
————-E7—————- A F A
E a dor maior que é a dor de Deus

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira – Art Editora Publifolha e A Canção no Tempo – Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34

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>Flor amorosa

Posted by everbc em 24/03/2006

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Callado criou, provavelmente, o primeiro grupo de choro em 1875. Inicialmente composto por dois violões, uma flauta e um cavaquinho, o grupo começou adotando a polca-de-serenata, que trazia passagens modulantes em ritmo acelerado. No começo, o choro possuía improvisações, em que os violões criavam o ambiente para a flauta solar e o cavaquinho fazia um papel intermediário entre eles.
http://res0.esnips.com/escentral/images/widgets/flash/guitar_test.swf
Foi parceiro de Viriato Figueira da Silva, Ismael Correia, Lequinho e outros chorões. Era amigo do compositor de modinhas Chiquinho Albuquerque e do flautista belga Matheus André Reichert, que D. Pedro II contratou para animar os Saraus do Paço em 1859.
Em 1879, Callado recebeu a mais alta condecoração do Império: A Ordem da Rosa. Um ano depois, no dia 20 de março de 1880, falece de meningo-encefalite perniciosa. Depois de onze dias, foi colocada à venda sua última composição, a polca “Flor amorosa”.


Flor amorosa (polca, choro, 1880)
Música de Joaquim Antônio da Silva Calado e letra de Catulo da Paixão Cearense

C——– G——- –G7b—— –C3b—– C—– G3b G
Flor amorosa, compassiva, sensitiva, vem porque
C C#° Dm7 Fm C AmDm7—– G7—– C —-G

http://res0.esnips.com/escentral/images/widgets/flash/guitar_test.swf
Versão cantada

É uma rosa orgulhosa, presunçosa, tão vaidosa
—————G——– G7b———– C3bC G3b G
Pois olha a rosa tem prazer em ser beijada, é flor, é flor
C C#°——— Dm7 Fm —-CAm Dm7 G7 C E7/5b
Oh, dei-te um beijo, mas perdoa, foi à toa, meu amor
————-Am—————– Dm
Em uma taça perfumada de coral
Dm7bBm5-/7 E7 —-Am
Um beijo dar não vejo mal
E7—— Am———— A7——– Dm
É um sinal de que por ti me apaixonei
—————-Am——- B7/9 E7 Am E7 Am
Talvez em sonhos foi que te beijei
————Am———————— Dm
Se tu pudesses extirpar dos lábios meus
Dm7b Bm5-/7 E7——- Am
Um beijo teu tira-o por Deus
E7————— Am——————- Dm
Vê se me arrancas esse odor de resedá
Bm5-/7 ———Am7—— B7/9- E7 Am G C
Sangra-me a boca, é um favor, vem cá
F ——————(Gm7 C7)
Não deves mais fazer questão
—————————-F
Já perdi, queres mais, toma o coração
————————–Am
Ah, tem dó dos meus ais, perdão
B7/9- ———-E7
Sim ou não, sim ou não
Am———— Gm C7—- F
Olha que eu estou ajoelhado
——————–(Gm7 C7)
A te beijar, a te oscular os pés
——————————F
Sob os teus, sob os teus olhos tão cruéis
Dm—————- A#——-
Se tu não me quiseres perdoar
———F—– Em———-Gm—- C7 F G
Beijo algum em mais ninguém eu hei de dar
—————–G ———–G7b——— C3b
Se ontem beijavas um jasmim do teu jardim
C G3b G
A mim, a mim
C C#° ——-Dm7 Fm C
Oh, por que juras mil torturas
Am —-Dm7 G7 —–CG
Mil agruras, por que juras?
———–G———— G7b ——–C3b—— C G3b G
Meu coração delito algum por te beijar não vê, não vê
C C#° ——Dm7 Fm C –=-Am—- Dm7
Só por um beijo, um gracejo, tanto pejo
G7——– C
Mas por quê?

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